Editorial | O Galo volta ao seu lugar de grandeza

Parece uma cena de criança feita em escola que, assustada, não consegue dormir à noite. Assim é o chamado Galo de Xaxim que, já na primeira gestão de Lírio Dagort, quando ela foi instalada na antiga Diplomata e que tornou-se símbolo da conquista de um tempo de superação da escuridão para a luz econômica.

Derrubado na gestão passada do MDB e sem motivos óbvios, o Galo foi agredido em sua beleza escultural, ignorado e destruído apenas por questões de pessoalidade partidária. O prefeito atual, ao lado de seu vice Adriano Bortolanza, ativou-o novamente e, apenas por isso, e tão somente por isso, gerou-se uma chuva de comentários pobres, sem qualquer conteúdo de racionalidade para pedir que ele seja, novamente, retirado do seu lugar. Por que isso?

Picuinhas de pessoas que fazem questão de ser menor que seu real tamanho, apenas por questões partidárias, buscando polemizar em todas as direções, política infantil.

Foi assim em Chapecó quando o prefeito Gigante Buligon buscou homenagear os pioneiros que construíram a municipalidade e a região. Agora é em Xaxim. Será também em Marema, Jupiá, Arvoredo, Guatambu, em qualquer lugar onde a cabeça é menor que a inteligência.

Patético, a iniciativa mostra o quanto o lugar ainda é pré-histórico, fala do passado e não do futuro. Vão querer falar de custos, que os tempos são de investimentos em Educação, Saúde e Infraestrutura, aqueles comentários típicos de quem não tem argumento algum.

Está correto colocar o Galo, está correto fazer a escultura, está correta a iniciativa do prefeito. Se fosse do MDB também seria maravilhoso. As obras feitas pelo prefeito anterior na rodoviária e na praça do Ari Lunardi, foram tão maravilhosas quanto.

O busto de Frei Bruno é tão eloquente quanto o do galo. Por que seria mais ou melhor quando a escultura tem o mesmo simbolismo de grandeza e de valores locais? Os vereadores, sejam eles da oposição ou não, tem outras atividades bem melhores para serem feitas que dar ouvidos a esta tolice partidária.

O galo da artista Katielly Lanzini tem um grande efeito de lembrança em momentos de incerteza e gravíssima luta de um tempo de força local que uniu todos em grandes objetivos. O galo é de todos e todos são donos. Portanto, não é de Lírio Dagort, Ideraldo Sorgato, Idacir Orso, Tinho Vicenzi, Ari Locatelli ou Márcio Vaccaro, Luiz Hohenberger ou Ladi Giachini, Geverson Giacomelli ou Emerson Borin, mas de todos.

Falar de bobagem é típico de quem não tem o que fazer. Xaxim precisa bem mais e todos os ideais serão alcançados longe de cabeças pequenas e infantis.

Está na horta de crescer e parar de falar tolices. Parabéns pelo galo, parabéns para a Aurora, parabéns para a artista plástica. Não poderia ser mais bonito e significativo. Enquanto os patéticos com dor de cotovelo falam bobagem, a beleza vai ganhando força cultural.

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Pelo editor-chefe jornalista Marcos Schettini.